sobre
O projeto nas palavras de sua criadora...
Todo ser humano carrega em si um oceano de possibilidades, é dotado de muitas habilidades e de infinitas possibilidades…
Somos construídos e reconstruídos o tempo todo através das conversas que
temos, das viagens que fazemos, das experiências que vivemos, das amizades que construímos, das pessoas com quem convivemos, dos livros que lemos, dos filmes que assistimos, das risadas que damos, das lágrimas que derramamos, das músicas que ouvimos, das tristezas que temos, das oportunidades que criamos…
Particularmente, a impaciência, o fascínio e a impetuosidade me acompanham.
Segundo horóscopo chinês, os nascidos sob o signo do cavalo são otimistas, cheios de alegria, eloquentes, aventureiros, impacientes, entusiastas da vida, empreendedores, grandes amigos e amantes, buscam com determinação independência, novas aventuras e experiências, adoram o movimento, trabalham e agem de modo rápido e são capazes de fazer várias coisas ao mesmo tempo, adoram as novidades e estão sempre disponíveis
para aprender e viver novas experiências.
O conhecimento provém da experiência. Através dos sentidos obtemos as ideias de cores, sabores, sons, sensações, temperaturas e tantas outras qualidades. A palavra estética vem do Grego e significa “faculdade de perceber”, “compreender pelos sentidos”… é dessa forma que me conecto com o mundo… amo o belo!!! Adoro cores, sabores, cheiros… enfim… tudo que se apreende através dos sentidos. A intensidade é uma marca constante!
A natureza me fascina, sobretudo o mar… Um lugar que me encanta? O Ceará… terra do sol! Lá tudo é muito… muito calor, muito vento, muito amor, muito afeto, muita alegria, muita vida!!!
Viver é dar novo sentido ao que vamos nos tornando com o passar do tempo.
A tendência é sempre procurarmos proteção, como se um barco procurasse ficar atracado para sempre. Porém, a natureza dele é navegar, assim como a nossa é viver.
A vida é feita de construções e desconstruções mostrando que jamais seremos os mesmos. O mais importante e bonito do mundo é isto: que as pessoas não estão sempre iguais.
A vida de verdade acontece dentro deste jogo de poucas certezas, verdades
provisórias e muitas variáveis.
Mas em todo coração sempre tem algo que nunca muda…
No meu é o AMOR A MAR!
A crocheteira
Desde muito pequena, o universo do trabalho manual esteve presente na minha história. Minha mãe sempre se dedicou ao tricô, ao crochê, ao bordado e à costura e é também uma exímia criadora de gostosuras gastronômicas. Mas foi a minha tia quem me ensinou a pintar e a tricotar.
Nesse tempo, o trabalho manual não era valorizado. Diziam que estas habilidades eram de menor valor intelectual. Penso que estas opiniões eram mesmo de quem não tinha conhecimento do assunto. São infinitas as capacidades intelectuais envolvidas em todos os processos e tarefas. No trabalho manual, além da capacidade intelectual que o projeto demanda, há a habilidade manual para realizar, de forma tridimensional, o que foi pensado anteriormente. Gardner com suas ideias sobre as múltiplas inteligências veio confirmar meus pensamentos.
Na minha casa sempre tinha novidade. Eu ia pra escola e, quando voltava, a sala estava cor de laranja. E nessa época, as casas eram pintadas de branco ou bege. As comidas eram sempre diferentes. O macarrão nunca era aos domingos. A busca pelo diferente, o gosto pelo que não era atraente à maioria das pessoas eram sempre uma constante!
Desde sempre adoro lápis de cor, giz de cera e canetinhas!
As cores me encantam! Adoro misturá-las e usä-las livremente. Todas as casas em que eu morei foram coloridas.
Fiz Arquitetura na Faculdade de Belas Artes. Do que eu mais gostava? História da Arte, Estética, Plástica e… tintas, pastéis e canetinhas de benzina!!!
Mesmo diante das diversas atividades do cotidiano, sempre tive ao meu lado algum trabalho manual…ou melhor… vários…Muitas ideias, muitos pensamentos e, antes mesmo de terminado um trabalho, já iniciava outro. Ultimamente tenho me dedicado ao crochê.
A ideia de usar e abusar das cores foi sempre um encantamento pra mim!
Pensei algumas vezes em dividir esse fazer com mais pessoas e, agora, estou vendo a possibilidade de concretizar essa ideia!
A história do crochê
A palavra “crochê” tem origem no francês medieval croké, termo que designava um instrumento de ferro recurvado, uma espécie de gancho, que permitia suspender ou segurar alguma coisa. No século XIX, surge na França a expressão broder au crochet (“bordar com o gancho”).
Pouco se conhece sobre a origem do crochê. Há teorias de que o crochê poderia ter existido a partir de 1500 a.C. São três as principais teorias sobre sua origem. Alguns creem que seja proveniente das Arábias, chegando à Europa via oeste, na Espanha e difundido para outros países mediterrâneos através da rota de comércio dos árabes. Alternativamente, acredita-se que seja proveniente da América do Sul, onde tribos primitivas do Peru empregavam o crochê em ornamentos para ritos de passagem.
Outra teoria é que tenha surgido na China, onde foram encontradas bonecas muito antigas, trabalhadas em crochê e que, tenha sido difundido através da Rota da Seda.
Há indícios de que, no início, o crochê existia para o vestuário masculino, voltado para caça e pesca e a arte era feita apenas com os dedos.
Não se pode afirmar com certeza onde e quando surgiu o crochê. O que se pode afirmar é que na Idade Média ele já era conhecido na Índia, China, Turquia, Tunísia e Egito.
Difundido por toda a Europa, durante a Idade Média, sob o nome tambouring, era ensinado nos conventos às moças de boa família e, em seguida, a técnica do crochê se transforma no passa tempo favorito das senhoras da Itália, Espanha e França.
Seja como for, onde quer que essa arte tenha surgido, o fato é que ela está na história há milhares de anos e, se espalhou pelo mundo a partir do século XIX. Nessa época surge o “crochê no ar”, técnica francesa que utilizava apenas linha e agulha, como conhecemos (anteriormente, tinha um “tambour”, como nos bordados), quando a francesa Riego de La Branchardière desenhou padrões que poderiam ser copiados pelas pessoas, chegando a publicar por volta de 100 livros para difundir a técnica. Deve ter sido essa a origem das receitas!
A técnica era realizada por pessoas mais humildes, até que a Rainha Vitória, da Inglaterra, passou a comprar as peças e aprendeu a produzí-las, o que mudou a mentalidade das pessoas da época. Devido à Revolução Francesa, a técnica também passou a ser difundida para a nobreza, tornando-se um passatempo e sendo, então, amplamente aceita pelas elites.
Por muitos anos essa técnica foi passada de geração a geração e, ainda hoje, é comum que essa técnica continue sendo transmitida dessa forma, pois está ligada com o tempo de existência e afetividade no fazer manual coletivo. Atualmente, é possível aprender cada vez mais com a internet e de outras formas, mas essa característica ainda se perpetua.
A explosão da produção em massa fez com que as técnicas e valorização desse trabalho diminuíssem ao longo dos anos. Mas, com o tempo, a sociedade toma consciência dos problemas do novo estilo de vida e produção e volta a valorizar o fazer artesanal.
Essa arte manual volta a ser tendência devido ao destaque nas passarelas. A alta costura foi a responsável pelo pontapé inicial necessário para reacender o valor do crochê. O crochê vira tendência do verão por vários anos consecutivos: 2017, 2018, 2019, 2020, 2021. Atualmente, é uma técnica contemporânea e moderna, estando presente na decoração, vestimenta e até em intervenções urbanas. E é aqui que a gente entra, fazendo parte da continuação dessa história, o crochê é uma arte milenar, linda, saudável e rentável. Muitas pessoas amam o crochê!
Faz sentido atrair o máximo de pessoas para conhecer e, quem sabe, se apaixonar também!
